Via Dutra completa 62 anos neste sábado

18/01/2013 09:38

Em sua inauguração, rodovia já dava sinais de que seria caminho fundamental para o desenvolvimento do País.

Por Alex Willian Bicudo de Oliveira, para o Bagarai

 

Via Dutra (foto: Epitácio Pessoa)

No proximo sábado (19/01), a Rodovia Presidente Dutra, ou simplesmente Via Dutra, completa 62 anos de existência. Desde sua inauguração, a rodovia, por onde hoje é transportado cerca de 50% do PIB (produto interno bruto) brasileiro, passou por transformações que acompanharam o crescimento populacional e econômico do País, e por sua vez, foi fundamental para o desenvolvimento dos municípios por ela servidos.

Hoje, cerca de 23 milhões de pessoas em 36 municípios, levando em conta as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, habitam o entorno da rodovia. Saiba um pouco da história de empreendedorismo e ousadia, da construção da mais importante rodovia brasileira.

Inauguração reduz tempo de viagem pela metade

No dia 19 de janeiro de 1951, quando foi inaugurada pelo Presidente da República, general Eurico Gaspar Dutra, em solenidade realizada na altura de Lavrinhas (SP), a então BR-2, nova rodovia Rio-São Paulo, ainda não estava completamente pronta, mas já permitia o tráfego de veículos entre a então Capital Federal, Rio de Janeiro, e o pólo industrial de São Paulo. Dos seus 405 quilômetros de então, 339 estavam concluídos, junto com todos os serviços de terraplenagem e 115 obras de arte especiais (trevos, viadutos, pontes e passagens inferiores). Faltava, porém, a pavimentação de 60 quilômetros entre Guaratinguetá (SP) e Caçapava (SP), e 6 quilômetros em um pequeno trecho situado nas proximidades de Guarulhos (SP).

A BR-2 contava com pista simples, ou “pista singela” como tratavam os técnicos de então, operando em mão-dupla, em quase toda sua extensão. Em dois únicos segmentos havia pistas separadas para os dois sentidos de tráfego: nos 46 quilômetros compreendidos entre a Avenida Brasil e a garganta de Viúva Graça (hoje, Seropédica), no Rio de Janeiro, e nos 10 quilômetros localizados entre São Paulo e Guarulhos, no trecho paulista.

A nova rodovia foi construída com as mais modernas técnicas de engenharia da época e com equipamentos especialmente importados para isso, o que permitiu a redução da distância rodoviária entre as duas capitais em 111 quilômetros, conseguida basicamente com a superação obstáculos naturais. Sua concepção avançada permitiu, ainda, a suavização de curvas, aclives e declives. Essa soma de fatores resultou na redução do tempo de viagem, de 12 horas, em 1948, para 6 horas.