Prefeitura do Rio fecha aterro clandestino em Vargem Grande

02/03/2013 16:45

A prefeitura do Rio de Janeiro fechou um aterro clandestino de entulhos em Vargem Grande, zona oeste do município. O local, no fim da rua Cascalho e próximo ao canal de Marapendi, foi descoberto depois que o ambientalista Mário Moscatelli sobrevoou a região de helicóptero no último final de semana. É um dos pontos onde empresas de construção descartam ilegalmente as sobras de seu trabalho.  Foram colocados obstáculos na rua de acesso ao local para impedir que mais caminhões possam descarregar entulho no aterro clandestino, que ocupa uma área de vegetação de taboa, típica de brejo. No terreno, foram encontrados dois containers de lixo e uma máquina que estava sendo utilizada para espalhar o entulho de obra que era despejado e estava aterrando a área.  Outros aterros clandestinos, um próximo à Avenida Alceu de Carvalho (Estrada do Rio Morto) e outro em Curicica, já foram identificados e devem ser fechados ainda nesta quarta-feira. Em nenhum dos locais, no entanto, foram encontrados os responsáveis pelos danos ambientais. A prefeitura elabora relatório sobre os terrenos utilizados de forma irregular e vai encaminhá-lo ao Ministério Público e à Delegacia de Proteção ao Ambiente. "Vamos estabelecer uma rotina de monitoramento, através de um relatório visual, com base em imagens aéreas, que será realizado de dois em dois meses na região da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e nas Vargens", garantiu o subprefeito da Barra, Tiago Mohamed. As empresas de construção civil são obrigadas por lei a se responsabilizar pela correta destinação dos restos de obra. A prefeitura, por meio da Comlurb (empresa pública de limpeza urbana), tem um serviço de recolhimento e destina o material para os aterros de Gericinó e Seropédica, onde faz a reciclagem do material para obras do município. No entanto, apenas pouco mais de 3% do material utilizado nas construções no Rio de Janeiro tem este destino.